"Foi inútil porque todos sabemos
Foi o teu orgulho
o teu desprezo
que desesperou os esguios e os obesos
Sentiram-se meros instrumentos condenados
à Insignificância do seu tempo Mental
e às suas cruzes e caveiras vivas
isto é ao seu ambiente
que lhes prometia quem sabe a indulgência plenária
por estipêndio do pecado
E tu continuavas a iluminar
a fenda da noite
com o brando fogo das tuas pétalas
talvez já
a começar a fechar-se
e só depois te juntavas
com o áspero sono
debaixo da ponte
ou junto duma fonte
Para lhe ouvir o fio de água
e acordar com ele
a luzir
quase como um haiku"
Alberto Pimenta, Indulgência Plenária (& etc, p.38)
04 setembro 2008
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