Na Rua Karlova, o alfarrabista que merecera tantos elogios do autor do guia American Express já não existe. No seu lugar encontra-se agora uma ourivesaria ampla e luxuosa, mas o brilho dos ouros não me causa qualquer faísca no olhar e acabo por deixar a rua com o pensamento ancorado nas longas filas de livros que ali moraram um dia.
Noutros pontos da cidade, como a Nerudova ou a zona de Kampa, encontro alguns alfarrabistas, mas a promessa agora impossível de cumprir do paraíso anunciado da Karlova ficou definitivamente fora do meu alcance e é como se a cidade que visito tivesse perdido para sempre uma parte vital da sua essência.
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