03 setembro 2008

Notas de Praga (Agosto 08) I

Depois do aeroporto, do autocarro e do metro, o primeiro contacto mais descontraído com a cidade dá-se na Praça Velha. E não há melhor forma de nos sentirmos em casa numa cidade do que a descoberta de uma livraria acolhedora que, neste caso funciona como uma espécie de refúgio para escapar à multidão de turistas que se aglomera na praça, esperando pela hora certa e pelo desfilar das figuras do famoso relógio astronómico. A Kafkovo Knihkupectvi, ou Kafka Bookshop, é uma livraria com pé direito baixo, largamente compensado pelo aproveitamento do espaço em comprimento, com longas bancadas cheias de livros e uma secção de arte de fazer inveja. Depois da primeira visita e de um olhar atento à montra e aos livros em destaque, confirmam-se todas as opiniões favoráveis sobre o design checo e o cuidado na elaboração dos livros. Mesmo que não se perceba uma palavra, dá vontade de ficar ali a folhear um livro após o outro, na esperança de que o contacto visual com as letras permita uma súbita compreensão do texto. Tal nunca acontece, claro, mas a experiência não deixa de ser muito boa.

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