Na mais recente edição da
New Yorker publica-se uma
selecção de cartas de Norman Mailer que, para lá da leitura quase
voyeurista que a epistolografia proporciona, constitui uma visão cronológica muito pessoal sobre a segunda metade do século XX, com reflexões de carácter político, partilhas literárias e dúvidas expostas 'em voz alta', como só nas cartas se podem expor tranquilamente. Os destinatários incluem a família mais próxima e os amigos, para além de uma ou outra missiva de carácter institucional, e as cartas abarcam um período considerável, começando em 1945 e terminando em 2005, dois anos antes da morte do autor.

(imagem retirada
daqui)
Aqui, a missiva natalícia para Allen Ginsberg, em 1969:
To Allen Ginsberg
December 9, 1969
Dear Allen,
. . . This is just to say love to your manse and three cheers for the organic farming.
Yours sincerely,
Norman
P.S. People keep asking me to do pieces on what I think the ’70s will be like. Do you know I don’t have the remotest idea. We were sure of what would happen in the ’60s and we weren’t far from wrong. The ’70s are just a fearful blank to me. I hope it’s age rather than presentiments. Merry Christmas dear poet.
Sem comentários:
Enviar um comentário