Esta só não foi a notícia do dia no mundo editorial porque a notícia da compra da Explorer Investments a abafou. Afinal, a Leya lá terá os seus pavilhões personalizados na Feira do Livro de Lisboa. Afinal, e segundo o Correio da Manhã, nem precisa de inscrever-se junto da APEL, ao contrário de todas as outras editoras que participarão na Feira (incluindo as da UEP). Não está em causa o direito de os editores mudarem o formato da feira, nem de lutarem por fazer passar as suas posições sobre o tema. Mas talvez esteja em causa uma outra coisa: o facto de o dinheiro comprar muito mais do que um espaço, o direito de fazer o que nos passar pela cabeça sem cumprir as regras que foram estabelecidas previamente (e previamente ignoradas - inclusive nos espaços onde as próprias regras se discutiram - por quem tem o dito dinheiro).
Para o ano, não vale a pena discutir se o Parque Eduardo VII é entregue à APEL ou à UEP, que talvez acabassem por se entender se a Leya não tivesse aparecido entretanto (mas os 'ses', já se sabe, de pouco servem). O Paes do Amaral compra tudo, da rotunda do Marquês ao falo do Cargaleiro e instala uma mega-tenda, com vários corredores e muitas caixas registadoras. Ou então, manda-se a Leya para um espaço à altura de um grupo a séria, o Pavilhão Atlântico, por exemplo, e deixa-se o Parque para as editoras que ainda não tiverem sido vendidas. Pelo menos, os passeantes amadores de livros sempre continuavam a subir e descer o Parque com a pacatez do costume, folheando os livros que ainda são feitos por editores e trocando dois dedos de conversa sem a sombra das tendas de circo.
13 maio 2008
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