22 outubro 2008
Fora dos livros II
A exigência de silêncio nas salas de cinema bem podia transformar-se em cruzada civilizacional, abraçada por qualquer pessoa de bem. Sussuros constantes, telemóveis que tocam (e são prontamente atendidos), rebuçados com papéis barulhentos têm de ser banidos das salas. E não se pense que a praga está circunscrita aos cinemas onde se vendem pipocas (e menus inteirinhos defastfood, e gomas, e coca-colas...). Se há uns anos era assim, hoje a praga generalizou-se, e não há King ou festival de cinema que se salve. Em oito sessões que já vi no doc.lisboa, ainda não houve uma (uma só!) em que não tivesse vizinhos que conversam como se estivessem na sua sala, comentando o que vêem e, muitas vezes, interpelando o próprio filme, normalmente da maneira mais básica (por exemplo, se aparece um cão no ecrã, é possível ouvir em voz alta: 'Olha, um cão'. E por vezes, é possível que a esta frase se siga outra, do género: 'Tão fofinho...'). Porque é que não alugam DVD's e ficam em casa a vê-los?
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