CAPITAIS DA SOLIDÃO
A cada país do mapa
uma mancha de cores macias
e a negra capital
com a sua teia de estradas
e o seu enxame de nomes
e pontos mais finos.
Capitais da solidão -
recordam-nos o quanto
as quisemos,
esperando talvez
que o amor fosse justo
e a vida mais pródiga
em Roma, Budapeste
ou Paris entre Abril
e Junho.
Podemos agora
percorrê-las a eito
no papel, onde estão
imóveis e nunca anoitecem,
emblemas duradouros
de uma esperança
que não foi, neste caso,
a última a morrer.
Rui Pires Cabral, Capitais da Solidão (Teatro de Vila Real, 2006, p.9)
06 março 2008
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