Entre conversas e debates, um (re)reencontro inesperado. E digo (re)reencontro porque o primeiro reencontro se tinha dado há uns tempos, na blogosfera. António Ferra, escritor e artista plástico, foi também, para minha sorte, meu professor no secundário. A cadeira tinha um daqueles nomes que soavam a inovador e a pomposo nos novos curricula da reforma acabadinha de estrear (mais uma, antes das muitas que se lhe haviam de seguir): Técnicas de Tradução de Inglês. Para nós, era TTI, claro está, e era uma novidade absoluta. Nas aulas do António Ferra trabalhava-se a sério, mas sobretudo falava-se de muitas coisas paralelas, e por isso muito a propósito, à nobre arte da tradução. Aprendi muito, pratiquei o que pude e fiquei com a memória agradável de um bom professor.
Há um ano, mais coisa menos coisa, redescobri-o num blog: O Funcionamento de Certas Coisas. E o dito blog dava bem conta daquele imaginário que eu recordava das aulas. Entre cenas e objectos do quotidiano e memórias respigadas a partir de outros objectos, mais antigos, encontravam-se divagações e perscrutações sobre os mecanismos das coisas, que são afinal os mecanismos de tudo, inclusive de nós próprios - às vezes encravam, outras revelam funcionamentos inesperados e até inapropriados, e no entanto prosseguem. Depois o blog parou e eu pensei que tivesse sido de vez. Na Póvoa do Varzim, para além de re-reencontrar o António Ferra, fiquei a saber que o Funcionamento de Certas Coisas ainda funciona. Segue já para a barra dos links, para a leitura diária.
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