08 abril 2008

Judith Teixeira nas Varicelas

As referências a Judith Teixeira não abundam nas histórias da literatura, e as que se registam não vão além de alguns dados biobibliográficos e das inevitáveis remissões para o escândalos que os seus livros provocaram na época. Algures pelo segundo ano da faculdade, preparava um trabalho sobre a sua poesia quando constatei a escassez de informação. Na altura, isso aumentou o desafio, mas nem as idas à Biblioteca Nacional e o vislumbre de uns livros velhinhos e de capas em pleno processo de desintegração permitiram saber muito mais. Restava o livro de Poemas publicado pela & Etc, onde o Vítor Silva Tavares assinava um prefácio esclarecedor sobre a pequenez das mentes contemporâneas de Judith Teixeira, mesmo a de algumas de quem se esperaria maiores capacidades.
Há poucos dias, na Letra Livre, a surpresa de uma edição recente de Judith Teixeira: Satânia. Novelas, um livrinho que reúne duas novelas da autora sob o título da primeira delas, originalmente publicado em 1927 pela Editores Livraria Rodrigues & Cª e desde então não mais reeditado. Agora volta a conhecer a letra de forma pela mão das edições Varicelas, projecto que desconhecia até o google me revelar o seu blog, o Antessala, onde se pode conhecer um pouco do ‘espírito’ que anima o seu trabalho.
A colecção onde se insere este primeiro título das Varicelas chama-se, apropriadamente, ‘Pira Pública’ e a edição e actualização do texto teve a mão, sempre certeira, de Luís Manuel Gaspar. Venham mais destes!

(Não reproduzo a capa porque é totalmente branca. As referencias ao título, autora e editora encontram-se na lombada. Fica feito o aviso para quem queira encontrar um exemplar nas livrarias.)

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